Placebo faz show único em São Paulo, com setlist ousado e pedido especial à plateia

Banda liderada por Brian Molko e Stefan Olsdal retornou para São Paulo, neste domingo (17), apostando em faixas do mais recente álbum, “Never Let Me Go”, de 2022

– Placebo faz show único em São Paulo, com setlist ousado e pedido especial à plateia

Crédito foto: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts Instagram

O Placebo fez um show único no Brasil, neste domingo (17), em São Paulo, no Espaço Unimed. A banda, que tem como líderes a dupla Brian Molko e Stefan Olsdal, retornou ao país após 10 anos de sua última apresentação por aqui.

A noite teve início com os britânicos do Big Special, que tem aberto os shows da turnê do Placebo pela América do Sul. Apesar de tocar para uma casa que ainda não estava muito cheia, a banda fez um show consistente, incluindo seu mais recente single no setlist, a faixa chamada “”.

Faltando aproximadamente 10 minutos para o show principal, o telão e o áudio do Espaço Unimed emitiram um comunicado em inglês e português, a pedidos do próprio Placebo, para que o público não passasse o show filmando com celulares, evitando, assim, prejudicar o espetáculo e a visão de outras pessoas, exigência que tem sido feita em toda a turnê da banda, como, por exemplo, na Europa, onde os fãs precisaram guardar o aparelho em um saquinho com lacre.

Vale ressaltar desde já que o pedido foi abraçado pela plateia, que, no máximo, buscava fotografar rapidamente ou registrar segundos de trechos como lembranças. As poucas exceções que fugiam desse procedimento eram logo abordadas por funcionários da casa.

Brian Molko, Stefan Olsdal e companhia entraram no palco às 20h em ponto, com um setlist de 22 músicas e aproximadamente duas horas de show, em uma performance bastante focada no mais recente álbum, “Never Let Me Go“, de 2022, o oitavo da carreira e o primeiro em oito anos.

Foram 9 músicas do último disco no total, 6 delas abrindo a primeira parte do show, que começou com “Forever Chemicals“, “Beautiful James“, “Scene Of The Crime” (do “Loud Like Love“, de 2013, quebrando a sequência das “novatas” e fazendo o público vibrar), “Hugz” e “Happy Birthday in the Sky“, com direito a uma homenagem ao músico da turnê, Alex Lee, que fez aniversário um dia antes do show.

O setlist continuou com a clássica “Bionic“, de 1996, “Twin Demons“, a também recente “Surrounded by Spies“, “Soulmates“, “Sad White Reggae” e “Try Better Next Time“.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Mercury Concerts (@mercuryconcerts)

“Too Many Friends“, mais uma do “Loud Like Love“, deu início à segunda metade da apresentação, puxando o coro da plateia que, mesmo com as faixas novas, se provou fiel e conhecia muito bem as letras da banda para acompanhar Molko nessa escolha ousada de setlist, que novamente deixou de fora hits famosos, como “Pure Morning” e a clássica “Every You Every Me“.

O show seguiu com “Went Missing“, “Exit Wounds“, “For What It’s Worth“, “Slave To The Wage” e “Song To Say Goodbye“.

O ápice ficou por conta de “The Bitter End“, do ótimo álbum “Sleeping with Ghosts“, de 2003, e “Infra-red“, do “MEDS“, de 2006, ambas entoadas em coro pelo público do Espaço Unimed.

O bis ficou por conta de “Taste In Men“, a também recente “Fix Yourself” e a bela cover de Kate Bush, “Running Up That Hill“, gravada ainda em 2003 (muito antes da febre criada pela trilha sonora da série “Stranger Things”) em uma versão mais lenta e alternativa, mantendo a identidade do Placebo e que se encaixa de forma perfeita no encerramento da apresentação.