Nos 80 anos de Jimmy Page, ouça cinco momentos incríveis do eterno guitarrista do Led Zeppelin
Músico se dedica a manter vivo o legado de uma das maiores bandas do planeta
– Nos 80 anos de Jimmy Page, ouça cinco momentos incríveis do eterno guitarrista do Led Zeppelin
Nos poucos anos em que esteve ativo, entre 7 de setembro de 1968, quando estrearam no palco ainda como “The New Yardbirds” e 25 de setembro de 1980, data da morte do baterista John Bonham, que selou o fim do quarteto. o Zeppelin fez muito.
A banda bateu recordes de público, vendeu milhões e milhões de discos, foi talvez o primeiro grande nome a, a partir de certo momento, lançar álbuns com maior intervalo de tempo entre eles e muito mais – o grupo mudou a relação entre artistas e promotores de concertos ao passar a ganhar nada menos que 90% da renda dos shows. Eles também foram pioneiro no uso de telões em espetáculos ao vivo ao fazerem uso da tecnologia em 1975.
Quando montou a banda, Page já tinha uma longa experiência como músico de estúdio, tendo tocado em centenas de gravações do pop britânico e como (inicialmente) baixista e depois guitarrista dos Yardbirds, com quem ele gravou apenas um LP.
O Zeppellin nasce depois que a banda implode e o empresário Peter Grant se vê com o nome Yardbirds em suas mãos. Ele sugere que Page monte um novo grupo para cumprir algumas datas na Escandinávia. O músico recrutou o baixista John Paul Jones, outro veterano dos estúdios ingleses, e os novatos John Bonham e Robert Plant. O resto, como diz o clichê, é história.
Confira cinco momentos incríveis de Jimmy Page:
Nos shows do Led, todos músicos tinham um espaço para brilhar acima dos outros. No caso de Page, esse momento ocorria em “Dazed and Confused”, um dos destaques do álbum de estreia da banda (1969). Se no vinil, a faixa tinha pouco mais de seis minutos, ao vivo ela poderia facilmente quadruplicar ou quintuplicar essa duração, dependendo da inspiração do grupo. Era aqui também que Page fazia uso de um de seus grandes truques: o de tocar a guitarra com um arco de violino.
Outra música que ao vivo podia se estender por vários minutos, com Page aproveitando para se divertir no teremim na parte instrumental, “Whole Lotta Love” é, um dos momentos definitivos da história do rock.
Com seu riff simples e potente a faixa flagra a banda vivendo seu momento definitivo: aquele em que o sucesso de verdade já é palpável e o material composto é forte o bastante para carregá-lo para o novo patamar.
O grupo sempre se manifestou contra o lançamento de compactos, dizendo que para serem melhor compreendidos era necessário ouvi-los em LP. Mesmo assim, WLL saiu em single em alguns mercados e se tornou o maior sucesso do Zeppelin na parada da Billboard, onde ela chegou ao quarto lugar. Na Inglaterra, a Atlantic esperava lançar uma versão editada da música em compacto e alguns discos chegaram a ser prensados, antes que a banda, e seu empresário, proibissem o lançamento.
“Whole Lotta Love” também está entre canções do grupo que foram acusadas de terem sido plagiadas. Nesse caso a “inspiração” teria sido “You Need Love“, de Willie Dixon gravada pelo bluesman Muddy Waters. Dixon processou a banda e entrou em acordo, com seu nome passando a cosntar entre os compositores.
Momento glorioso de um álbum idem, o quarto deles lançado em 1971, “Stairway…” pode ter perdido um pouco de sua magia dada a sua onipresença – Robert Plant passou toda a sua vida pós Led tentando fugir dela – mas não se nega a sua força, mesmo após 50 anos.
Quase uma minissinfonia, a música condensa praticamente todas as facetas do Led Zeppelin: o misticismo de sua letra, a mistura de folk e rock pesado, o inegável talento na criação de melodias pop, os três músicos no auge de suas habilidades técnicas e o vocal sexy, e sempre potente, de Plant.
Nos shows a canção logo se tornou a favorita dos fãs em uma música que dava a Page mais uma chance de mostrar um de seus “brinquedos” favoritos: a guitarra de dois braços – que lhe permitia tocar as partes feitas com 12 e seis cordas sem trocar de instrumento.
“Kashmir“
Além de guitarrista excepcional, Page também produzia brilhantemente os discos da banda. “Phisical Graffiti” (1975) é provavelmente o disco do quarteto em que essa faceta do artista tenha sido melhor explorada, especialmente em “Kashmir”, outro épico que não envelhece.
Além do folk e blues, outra grande fonte de inspiração da banda, pelo menos no caso de Page e Plant, era a música do Oriente Médio e Ásia. Foi nessa faixa que essa influência mais transpareceu. Quando o guitarrista e o vocalista se reuniram nos anos 90, essa era a música chave dos concertos, com a dupla, a banda, a orquestra e um grupo de músicos egípcios criando uma massa sonora que quem viu não se esquece.
A trilha sonora de “Lucifer Rising”
Para terminar um momento mais obscuro, em mais de um sentido, da carreira de Jimmy. Na época da banda, o guitarrista desenvolveu um gosto especial pelas ciências ocultas – ele foi dono de uma livraria especialista no assunto e adquiriu a casa que pertenceu ao mago Alesister Crowley.
Em 1972, Page ficou amigo do cineasta underground Kenneth Anger e topou fazer a trilha para o filme “Lucifer Rising” (“Ascensão de Lúcifer”). A música criada, não lembrava em nada a do Zeppelin, com o uso de sintetizadores e notas prolongadas, ou drones.
Anger e Jimmy se desentenderam e o filme, um curta de 30 minutos, acabou musicado por Bobby Beausoleil, um dos integrantes da “família de Charles Manson” condenado por assassinato e outros crimes (aos 76 anos, ele ainda está preso e compôs a música na prisão auxiliado por outros detentos). A trilha criada por Page foi lançada apenas em 2012 (no YouTube é possível ver tanto a obra original de Anger, que só foi ser exibida em 1980, como uma cópia rara com a música de Page).
Nos 80 anos de Jimmy Page, ouça cinco momentos incríveis do eterno guitarrista do Led Zeppelin.
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