Saiba quais discos as principais atrações do Primavera Sound estão privilegiando em seus shows

The Cure – “Disintegration” (1989)

Grande atração do festival, eles fazem o show final de domingo, a veteraníssima banda inglesa chega para sua quarta visita ao Brasil sem lançar um disco novo, desde 2008, ainda que eles estejam tocando algumas músicas inéditas nos concertos atuais.

Para quem irá vê-los dois avisos: não esperem ouvir muita coisa lançada depois de 1992 e preprarem-se para escutar várias canções de “Disintegration”. O soturno, ainda que acessível, oitavo LP do grupo ganhou mais e mais relevância com o passar do tempo, tornando-se um grande favorito de fãs, críticos e do próprio Robert Smith.

Em 2023, nada menos que oito de suas músicas foram tocadas pela banda, sendo que seis delas estiveram em todos os shows realizados na América Latina (“Lovesong“, “Lullaby“, “Pictures Of You“, “Fascination Street“, “Plainsong” e a faixa-título).

Outro LP bastante privilegiado é o pop e eclético “The Head On The Door”, de 1985. “In Between Days“, “A Night Like This” e “Close To Me” são músicas certas nos shows. “Push” também está sendo executada com frequência, enquanto “Six Different Ways” e “Kyoto Song” foram mostradas em alguns concertos nos EUA, e também no Peru no caso da última.

Pet Shop Boys – “Please” (1986)

Segunda maior atração do sábado, tocando logo antes do The Killers, Neil Tennant e Chris Lowe estão em uma turnê dedicada aos grandes sucessos de sua carreira. Isso significa que dificilmente um show do festival terá tantos hits quanto o deles. Há um certo equilíbrio no material mostrado, com quase todas as músicas vindas do período de ouro da dupla (os anos de 1986 a 1993).

Com quatro músicas cada, os dois primeiros LPs foram os mais visitados pela dupla nos últimos shows. Como “What Have I Done To Deserve This? (Feat. Dusty Springfield)“, de “Actually”, ficou de fora de alguns concertos, destacamos o LP de estreia, “Please”, “lar” de “Love Comes Quickly“, “Opportunities (Let’s Make Lots Of Money)“, “Suburbia” e, claro, “West End Girls“.

Beck – “Guero” (2005)

O veterano astro do rock alternativo gosta de pinçar músicas de diversos trabalhos, por mais diversos que eles sejam entre si, para tocar em seus shows. No Primavera Sound da Argentina, o músico fez um show com 15 músicas, com canções de, nada menos que, oito discos diferentes.

Nesse dia, “Guero”, o disco dele que mais longe chegou na parada dos EUA (segundo lugar em 2005) foi o favorito da noite – com três de suas faixas tendo sido ouvidas no concerto. No Chile, onde Beck fez show solo, da mesma maneira que fará no Rio neste sábado ele também foi o preferido, com uma canção a mais. No domingo, os fãs podem esperar ouvir “E-Pro“, “Que Onda Guero” e “Girl“, mas, como se viu, esta é uma performance aberta a surpresas.

The Killers – “Hot Fuss” (2004)

Atração exclusiva do Primavera Sound brasileiro, os headliners do sábado gostam de dar alguma variada nos sets a cada noite. É comum que Brandon Flowers e cia. incluam uma cover ou uma canção menos óbvia no show. Dito isso, é ainda “Hot Fuss”, o álbum de estreia de 2004, o que tem mais “presenças fixas” no setlist da banda.

“All These Things That I’ve Done“, “Smile Like You Mean It“, “Somebody Told Me” e, obviamente, “Mr. Brightside“foram tocadas em todas as noites do ano e “Jenny Was a Friend of Mine“, não fica muito atrás.

“Sam’s Town”, o segundo trabalho, também costuma ser visitado (nada menos que sete canções do disco já apareceram no repertório deles em 2023). Antes do Primavera, o grupo faz um “esquenta” nesta quinta-feira (30) no Tokio Marine Hall – rara chance de ver o grupo em um clima intimista.