Ouça 10 discos de samba que estão entre os maiores da música brasileira

Esses trabalhos já fazem parte da nossa história e servem tanto para quem tem o samba no coração, para os que tem alguma relação com o gênero, mesmo que ela não seja profunda, mas, acima de tudo, para quem tem vontade de se aprofundar no assunto e precisa de algum norte.

Os LPs abaixo estão todos presentes no recém-lançado livro “Os 500 Melhores Álbuns Brasileiros De Todos Os Tempos”, um “spin-off” do ótimo podcast “Discoteca Básica” criado por Ricardo Alexandre. O jornalista convidou 162 especialistas para chegar a um veredito a respeito dos discos mais fundamentais já feitos por aqui e o resultado foi publicado em um volume luxuoso.

Estes dez álbuns não são os únicos discos de samba da lista, claro, e não são também os dez melhores colocados do gênero nesse “top 500”, mas são trabalhos inegavelmente importantes e que mostram a maleabilidade do gênero. Quando mais de um trabalho do mesmo artista entrou na seleção final, demos preferência ao que apareceu melhor colocado.

Focamos aqui em discos de “samba puro”, deixando de lado artistas que fazem/fizeram samba de maneira intermitente ou misturado com outros estilos, como o jazz, o funk, o soul, o rap ou o rock, As frases que acompanham os links abaixo são tirados do livro que foi feito em sistema de financiamento coletivo. Parte de sua tiragem será vendida futuramente nas livrarias. Para saber quando, visite o site oficial do podcast.

Ouça:

Cartola – “Cartola” (1976)

“O repertório reunido foi a prova cabal de que Cartola estava no auge de seus poderes criativos”

Paulinho da Viola – “Nervos de Aço” (1973)

“É um Paulinho moderno que emerge das interpretações de “Não Quero Mais Amar a Ninguém” e da faixa-título”

Zeca Pagodinho – “Zeca Pagodinho” (1986)

“O ex-apontador de jogo do bicho e ex-camelô estreou no estilo “greatest hits.”

Adoniran Barbosa – “Adoniran Barbosa” (1974)

“Emoldura com beleza clássicos como “Trem Das Onze“, “Iracema” e “As Mariposas“.

Martinho da Vila – “Canta Canta Minha Gente” (1974)

“Se firmou como um marco não só na carreira de Martinho, mas na história do samba.”

Dona Ivone Lara – “Soriso Negro” (1981)

“Dona Ivone brilha em “Alguém me Avisou“, “Têndencia” e “Axé de Ianga (pai Maior)“

Beth Carvalho – “De Pé No Chão” (1978)

“O repertório busca equilíbrio entre tradição e modernidade, mas o futuro vira o jogo”

Clara Nunes – “Claridade” (1975)

“Sem mudar a fórmula (do LP anterior), “Claridade” conseguiu deixar a cantora em patamar ainda mais alto de popularidade.”

Elza Soares – “Baterista Wilson das Neves” (1968)

“Mostra a cantora no auge da exuberância vocal.”

Alcione – “A Voz do Samba” (1975)

“O samba não era bem a praia de Alcione, mas (…) ela mergulhou com tudo. No final, ela já está cantando “eu sou o samba” com toda propriedade.”