Olivia Newton-John, estrela de Grease e Xanadu, morre aos 73 anos

Dona de uma carreira longa e com sucessos estrondosos tanto na música quanto no cinema, Newton-John viveu o auge de popularidade entre o final dos anos 70, quando estrelou “Grease, ao lado de John Travolta, e o início dos 80 – “Physical“, lançado no final de 1981 passou dez semanas no topo da Billboard e foi considerado pela revista o grande hit de 1982.

Nascida em Londres, em setembro de 1948, e neta de um ganhador do prêmio Nobel de Física, Olivia foi ainda criança para a Austrália, onde, ainda cedo começou a mostrar talento para as artes. Aos 17 anos, ela ganhou um concurso televisivo cujo prêmio era a gravação de um compacto na Inglaterra. O tal disquinho saiu, ainda que não tenha feito nenhum sucesso.

Ela precisaria esperar mais um pouco, até 1971 para, finalmente, sua carreira ganhar tração. Como cantora de música country ela emplacou hits na Austrália, Inglaterra e Estados Unidos, onde o álbum “Have You Never Been Mellow”, de 1975, chegou ao primeiro lugar.

Sua carreira deu uma guinada dramática quando acabou escolhida para o papel de Sandy Olsson na versão para o cinema do musical “Grease”. Um daqueles sucessos eternos, e imprevisíveis, o longa faturou mais de 366 milhões de dólares de bilheteria (para um custo de 6 milhões).

A sua trilha sonora também foi um sucesso global e de enormes proporções – em 1978 ela foi o segundo disco mais vendido nos Estados Unidos, atrás apenas de outra trilha emblemática: ade “Os Embalos de Sábado À Noite”.

Newton-John então decide mudar a sua imagem de “namoradinha”, para a de uma mulher adulta e sexy. O título de seu primeiro álbum pós-“Grease” já entrega a mudança: “Totally Hot”, de onde saiu um hit pop imortal: A balada “A Little More Love“.

Ela entra nos anos 80 com o cacife alto e estrelando mais um musical. “Xanadu”, com a música tema composta por Jeff Lynne, da Electric Light Orchestra, que também está em outras músicas da trilha, não faz sucesso nos cinemas e também fracassa com os críticos – hoje em dia ela se tornou cult graças ao seu charme kitsch e suas canções, a maioria delas inegavelmente pegajosas.

Olivia ainda precisa aguentar a humilhação suprema de ser indicada ao prêmio de pior atriz na edição inaugural do Framboesa de Ouro- ela “perdeu” para a interpretação de Brooke Shields em “A Lagoa Azul”.

Para compensar, o disco com as músicas do longa acabou se mostrando um grande sucesso chegando aos primeiros lugares em várias partes do mundo, graças a singles como “Magic“, outro número 1 nos EUA.

Olivia Newton John gravaria em 1981 seu maior hit: “Physical“, com sua letra de duplo sentido e um clipe bem-humorado que emplacou na recém-lançada MTV se torna uma das canções onipresentes do ano seguinte e segue inspirando novos artistas e produtores (vide a canção homônima de Dua Lipa).

Este foi o último grande momento dela como hitmaker. Em 1983 ela se reúne com John Travolta em “Embalos A Dois”, um musical de sucesso limitado e trilha idem e, dois anos lança o álbum “Soul Kiss”, que também vende bem menos que o seu multiplatinado antecessor.

A partir daí ela nunca mais vendeeu tantos álbuns, e nem participou de sucessos de bilheteria, o que não chegou a ser problema. Seu status de estrela estava mais do que garantido e ela pôde seguir fazendo shows ao redor do mundo e também se aproveitando da perenidade do fenômeno “Grease”, cujas músicas já fazem parte do inconsciente coletivo de várias gerações.