Paulo Diniz, sucesso na década de 70, morre aos 82 anos
Cantor e compositor ficou conhecido com “Quero Voltar Pra Bahia” e “Pingos de Amor”
– Paulo Diniz, sucesso na década de 70, morre aos 82 anos
Ele começou ainda nos anos 60 quando gravou um interessante disco que mesmo fincado na sonoridade da Jovem Guarda abria espaço para outros gêneros e misturas de estilos (“Brasil, Brasa e Braseiro”, de 1967). Desse disco saiu o sucesso “O Chorão” e uma canção pioneira no trato da temática racial (“Só Que a Minha Pele É Negra“). Outra música traz uma das primeiras, se não a primeira, menção ao ácido lisérgico na nossa música (“eu quero só dizer uma verdade pra você, na raça e na coragem sem tomar LSD”, em “Quero Ter Um Tigre Em Mim”).
O segundo álbum só saiu em 1970 e trazia um músico radicalmente diferente. “Quero Voltar Pra Bahia” tinha pegada mais roqueira e sua faixa título, do refrão “I don’t want to stay here, I wanna to go back to Bahia”, se transformou em sucesso nacional. A melancólica letra fazia menção ao exílio involuntário de Caetano Veloso e Gilberto Gil.
O LP seguinte, de 1971, traria aquela que se tornou sua música mais conhecida e regravada: a balada soul “Pingos de Amor“. Nos trabalhos seguintes ele colocaria música em uma série de poemas clássicos da língua portuguesa, como “José“, baseado em Carlos Drummond de Andrade.
Terminada a fase de sucesso popular, o cantor voltou para o Recife. Nos anos 80 ele contraiu esquistossomose e passou a sofrer com as sequelas da doença, que o deixaram paralisado.
No século 21 Diniz foi redescoberto por uma nova geração de fãs e artistas. Depois de quase duas décadas longe do estúdio ele lançou o CD “Reviravolta”, que acabou sendo seu derradeiro trabalho, e voltou a fazer shows, ainda que esporádicos, dado o seu estado de saúde.
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Paulo Diniz, sucesso na década de 70, morre aos 82 anos.
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