Conheça cinco discos fundamentais da carreira de Kate Bush

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Conheça cinco discos fundamentais da carreira de Kate Bush

Apesar de uma obra relativamente curta, cantora tem muito mais a oferecer além de “Running Up That Hill”

– Conheça cinco discos fundamentais da carreira de Kate Bush

O inesperado sucesso de “Running Up That Hill (A Deal With God)“, música lançada em 1985 que se tornou um dos maiores hits do ano desde que foi utilizada na quarta temporada de “Stranger Things“, levou toda uma nova geração, e mesmo uma não tão nova assim, a entrar em contato com o trabalho de Kate Bush, uma das artistas mais completas e singulares da história da música pop.

Para quem está nesse grupo existe uma boa notícia, ou talvez duas: a carreira dela tem vários outros pontos altos e está longe de se resumir ao single lançado há 37 anos. A outra é que apesar dela gravar desde 1978, Bush tem uma discografia bastante enxuta para alguém com tanto tempo de estrada. São apenas dez álbuns, sendo um de regravações. Os mais recentes são de 2011 e, a se julgar pela rara entrevista que ela deu esta semana à BBC, não existe muita chance de um 11° disco se materializar em um futuro próximo, já que ela disse que, no momento, está preferindo se dedicar à jardinagem.

Os cinco discos abaixo são os ideais para quem quiser se aprofundar mais nessa obra pra lá de singular.

“The Kick Inside” – 1978

Kate Bush

Lançado quando ela tinha apenas 19 anos, a estreia de Bush está longe de ser um disco imaturo de uma jovem iniciante. Longe disso. O álbum já mostra uma artista que sabe bem o que quer em canções inusitadas, cantadas por uma voz única, que também causou estranheza e com arranjos sempre inventivos.

Como isso foi possível? Simples: Bush podia ser ainda nova, mas já vinha sendo “preparada” há um bom tempo. Assim que seu talento precoce foi reconhecido, sua família logo a estimulou a dar vazão à sua criatividade. Uma fita com suas composições caiu na mão de ninguém menos que David Gilmour, o guitarrista do Pink Floyd, que logo se tornou uma espécie de anjo da guarda daquela adolescente de 16 anos.

Ele produziu uma demo tape mais profissional, basta dizer que o mesmo engenheiro de som dos Beatles trabalhou na gravação, e mostrou para um executivo da EMI que não pensou duas vezes e a contratou no ato.

A grande jogada foi a decisão de não enviá-la imediatamente para o estúdio. Kate passou mais algum tempo aperfeiçoando sua arte, compondo mais músicas, se tornando uma instrumentista melhor e também fazendo aulas de balé, que seriam de estrema importância.

Ou seja, quando “The Kick Inside” saiu, em fevereiro de 1978, ela já estava mais preparada para “enfrentar os leões” e, de cara, mostrou que sabia bem o que queria. Contrariando a gravadora, que achava melhor lançá-la com uma canção mais roqueira, ela insistiu que “Wuthering Heights“, com seu clima místico e de sonho, fosse o seu single de estreia.

Resultado? O compacto se tornou um sucesso global, inclusive no Brasil, chegou ao topo da parada na Grã Bretanha e levou o álbum ao terceiro lugar. Apenas os EUA não se interessaram muito pela novidade.

Apesar do hit maior, o LP não se resume a essa música, ele ainda tem outros momentos de grande força e beleza, “The Man With The Child In His Eyes” em particular. Mesmo que ela tenha se superado em trabalhos futuros, “The Kick Inside” é daqueles discos que ainda se ouve com prazer e uma audição obrigatória para fãs e novos fãs.

“Never For Ever” – 1980

Se tudo deu certo em “The Kick Inside”, o mesmo não pode ser dito de “Lionheart”, o segundo álbum gravado de maneira apressada para aproveitar o sucesso do primeiro disco. Não que o trabalho seja um horror, mesmo se quisesse ela não conseguiria fazer um disco desprovido de méritos, mas certamente o LP está abaixo de sua média.

Nessa época ela também monta sua editora e, coisa rara, se torna dona de suas próprias músicas. Uma decisão inteligentíssima – basta dizer que o grosso do dinheiro gerado por “Running Up That Hill” está indo diretamente para ela.

Bush também faz sua primeira e, por décadas, única turnê. O show tinha música, dança, efeitos especiais e até ela cantando com um microfone especialmente criado para a ocasião. Aquele que fica preso na cabeça que ganhou o apelido de “microfone Madonna”.

A “The Tour of Life” teve apenas 28 shows, 19 deles no Reino Unido e, hoje, é visto como um precursor dos espetáculos das grande estrelas da música pop. Os vídeos mostram uma cantora com pleno domínio de palco e fica difícil entender o que levou uma artista que poderia ter colocado seu nome entre as maiores performers de seu tempo a abandonar os shows – a explicação mais recorrente é a de que ela nunca superou a morte de seu iluminador durante o trabalho.

Bush então se torna uma artista que faz apenas discos e clipes, que se mostram cada vez mais sofisticados. No estúdio, ela assume de vez o controle, tomando conta também da produção de seus discos e deixa sua música cada vez mais instigante, mas sem abandonar um mínimo de apelo pop.

“Never For Ever”, de 1980, abre uma década de ouro para a cantora e traz outra das canções mais reconhecíveis de sua carreira: “Babooshka“, outro hit global (com um clipe igualmente lendário).

“The Dreaming” – 1982

Determinada a levar sua música para novos lugares, Bush se interessa mais e mais pelas inovações tecnológicas, ela foi pioneira no uso de samplers e de sintetizadores de ponta como o Fairlight e o Synclavier, e em criar um trabalho único e extremamente pessoal.

Em 1982, ela lança seu disco mais complicado, mas também o mais instigante de sua ainda curta carreira. “The Dreaming” não foi exatamente um fracasso no Reino Unido, onde ela já tinha um público muito fiel. Ainda assim é, até hoje, o menos vendido de seus LPS, mesmo já sendo considerado um clássico do pop inglês dos anos 80. Curiosamente, ele é o primeiro a aparecer na parada americana – em um nada glamoroso 157° lugar.

Em sua terra natal apenas um single, “Sat in Your Lap“, chega no top 40. A EMI, claro, não fica muito feliz, mas prefere deixar Kate em paz, talvez sabendo que ela ainda poderia surpreender. E eles estavam certos como veremos a seguir.

“The Hounds Of Love” – 1985

Kate Bush

A grande obra-prima de Kate Bush chega em 1985. O disco que tem “Running Up That Hill” (que chega ao top 30 dos EUA e em terceiro na Grã Bretanha) é dividido em duas metades, ambas brilhantes. O lado A, que leva o mesmo título do LP, tem outros singles potentes e de sucesso, a faixa-título e “” são tão bons quanto a sua música mais conhecida.

A “parte dois” é tão, ou mais surpreendente, ao trazer uma suíte composta por sete músicas interligadas entre si. “The Ninth Wave”, que ela mostrou na íntegra quando decidiu voltar brevemente ao palco em 2014, conta a história de uma mulher à deriva em alto mar.

“Hounds…” se tornou o álbum mais popular da cantora e também o mais influente e elogiado pela crítica, marcando presença constante em listas de “melhores discos de todos os tempos”. Até a Rolling Stone, que não se impressionou muito com o trabalho em sua resenha original, o colocou no 68° lugar em seu “top 500” de 2020.

“Aerial” – 2005

Kate Bush

Kate fechou a década de 80 com outro disco brilhante, ainda que menos ambicioso que os dois antecessores, ou seja, mesmo sem estar neste “top 5” vale a pena conhecer “The Sensual World” (1989), especialmente pela emocionante balada “This Woman’s Work“. Nos anos 90, ela lança apenas um álbum, o não muito esperado “The Red Shoes” (1993) e sumiu de vista.

Ela só retornaria em 2005, mas a espera compensou. “Aerial” tinha a mesma estrutura de “Hounds of Love”, agora em um CD duplo, com duas suítes. “A Sea of Honey”, no disco 1, e “A Sky of Honey”, no segundo – nos serviços de streaming essa parte dois pode ser ouvida como uma longa faixa de 42 minutos ou com as músicas em separado. Sucesso de vendas e aclamado pela crítica, “Aerial” faz por merecer o seu lugar entre os grandes discos do século 21.

Kate não demorou tanto a retornar desta vez e, em 2011, surpreendeu ao lançar dois álbuns em um mesmo ano. “The Directors Cut” veio com uma série de regravações de músicas dos álbuns “The Sensual World” e “The Red Shoes” que ela entendeu que mereciam uma segunda chance, e “50 Words Of Snow”, um bom trabalho ainda que inferior a “Aerial”.

Em 2014, veio a grande surpresa: Bush voltaria ao palco para uma temporada em um teatro para apenas 5 mil pessoas por sessão. Desnecessário dizer que as datas se esgotaram em segundos, assim como os concertos extras, e que gente do mundo inteiro foi até Londres pela rara chance de ver a estrela novamente ao vivo.

A residência “Before the Dawn” teve apenas 22 performances e foi filmada profissionalmente, ainda que o DVD nunca tenha sido lançado (celulares eram proibidos, mesmo que uma ou outra imagem esteja no YouTube). Em 2016, a série de shows foi imortalizada em um álbum ao vivo (não disponível no Spotify) e, desde então, Kate Bush sumiu dos holofotes e de onde ela provavelmente estaria mantendo distância não fosse o sucesso de “Running Up That Hill”, que a levou a postar uma série de agradecimentos em seu site oficial e a topar ser rapidamente entrevistada pela rádio BBC.

Conheça cinco discos fundamentais da carreira de Kate Bush.


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