Ouça cimco momentos soturnos do rock inglês neste Halloween
Nunca o rock britânico foi tão “dark” quanto no final dos anos 70 e início dos 80
– Ouça cimco momentos soturnos do rock inglês neste Halloween
Em comum elas todas mostravam um especial interesse em lidar em suas letras com o lado mais sombrio da nossa existência e criar uma música igualmente claustrofóbica.
As canções abaixo não são necessariamente as mais conhecidas ou emblemáticas delas, mas todas carregam bastante no quesito “darkismo” – “dark” era como a imprensa brasileira dos anos 80 batizava esse tipo de som e/oiu seus admiradores, antes do “gótico” se tornar mais comum.
Ao tratar em seu primeiro single do maior vampiro da história do cinema em “Bela Lugosi’s Dead“, o Bauhaus já deixava claro a sua carta de intenções. Uma das maiores bandas do gótico, em sua primeira encarnação eles duraram até 1983 deixando quatro álbuns, um punhado de singles e alguns clássicos do rock alternativo, como “She’s in Parties” e “The Passion Of Lovers“.
Todas essas são ótimas, e até dançantes, mas nenhuma chega perto de “Mask“, a faixa-título do segundo LP, de 1981, em ambientação soturna. O clipe, em clima de cinema expressionista alemão é igualmente assustador
“Helter Skelter” – Siouxsie and the Banshees
Siouxsie Sioux se tornou a musa por excelência do rock gótico – não pro acaso a personagem Morte, a irmã de Sandman nos quadrinhos de Neil Gaiman, teve seus traços também baseados na cantora. Os Banshees surgiram ainda em 1977, ou seja dentro do punk, e tiveram por um período o futuro baixista dos Sex Pistols, Sid Vicious na bateria – o primeiro show entrou para a história por ter tido apenas uma música: uma versão de 25 minutos pra lá de ruidosa do “Pai Nosso”.
A banda só chegou ao primeiro disco em 1979 e um de seus destaques era a assustadora versão de “Helter Skelter“, a música dos Beatles que inspirou Charles Manson, e os membros de sue culto, a cometer a série de assassinatos em julho e agosto de 1969 na Califórnia.
Os Banshees tiveram uma carreira longa e de grande sucesso até anunciarem seu fim em 1996. Siouxsie atualmente vive em semi-reclusão e raramente lança material novo. O último álbum solo saiu em 2007 e, desde então ela só lançou uma única música – “Love Crime“, de 2015.
“Marian” – The Sisters of Mercy
Com sua voz cavernosa, Andrew Eldritch, o líder do Sisters Of Mercy, se tornou ídolo e referência entre os fãs desse tipo de música. Uma pessoa de difícil trato, para dizer o mínimo, ele é a única presença constante nos parcos três álbuns que a banda lançou em mais dd 40 anos de carreira. Isso, claro, se não considerarmos o infame “Dr. Avalanche”, o apelido da bateria eletrônica do grupo, como um integrante oficial.
Apesar de seguir compondo, Andrew não lança um álbum desde 1990, ainda que toque novidades nos shows que ainda faz ao redor do mundo.
“Marion” está no primeiro disco deles, o clássico “First and Last And Always” de 1985, que saiu depois de uma série de singles e EPs, coletados no CD “Some Girls Wander by Mistake”. Uma balada bastante mórbida, com o cantor implorando para que a personagem que dá título á música venha salvá-lo do túmulo.
“Charlotte Sometimes” – The Cure
A partir de um determinado ponto em sua carreira, o Cure soube equilibrar magistralmente um lado sério e intenso com outro mais leve e pop, uma receita perfeita para conquistar um fã-clube dos mais fiéis e também as paradas e emissoras de rádio – até em trilha de novela eles entraram em determinado momento por aqui.
Mas por um período de tempo, mais especificamente entre maio de 1979 e maio de 1982, esse lado ameno praticamente sumiu de vista. Foi quando a banda de Robert Smith lançou a “trilogia da depressão”, os álbuns “Seventeen Seconds”, “Faith” e “Pornography” onde não havia espaço para nada mais light, e o clima carregado e gélido era a maior presença, mesmo que singles como “A Forest” ou “Primary“, tivessem inegável apelo pop.
“Charlotte Sometimes”, foi o compacto lançado antes de “Pornography”, mas não incluído nele e tem um clipe igualmente “fantasmagórico”. Em novembro de 1982, Smith achou que já tinha ido fundo demais nessa sonoridade e surpreendeu ao lançar “Let’s Go To Bed“, um single dançante, bem-humorado e para cima, o primeiro de uma série de grandes compactos que eles lançariam pelos anos seguintes.
Quando Ian Curtis se suicidou, em maio de 1980, não havia ainda um estilo de rock chamado gótico, mas ele obviamente foi um dos precursores do gênero. Com o Joy Division, Curtis criou uma obra curta, apenas dois álbuns e um bom número de canções esparsas, e de grande maturidade (e intensidade) para uma banda com integrantes tão jovens, ele morreu com apenas 23 anos.
“Dead Souls” é um bom exemplo do som deles, com a bateria tribal, um riff marcante de guitarra e a poesia do vocalista, aqui em um de seus momentos mais inspirados.
Curioso é que apesar de soar como um hit em potencial, nem que dentro do underground, a música a princípio só saiu, poucos meses antes da morte de Ian, em um single de edição limitada na França como o lado B de outra faixa que se tornaria clássica: “Atmosphere“.
Ela só se tornou mais divulgada quando entrou na compilação de raridades “Still” (1981) e, mais ainda, na coletânea “Substance”, de 1988. Na década seguinte, os Nine Inch Nails a regravaram em uma cover antológica.
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