Anitta é capa da revista americana V, posa para ensaio sensual, e é entrevistada por Diplo

Durante o papo, o DJ expressou sua admiração pelo Brasil, rasgou elogios para a artista e também disse que ela é a cara do Rio de Janeiro. “Se o Rio pudesse ser uma pessoa, seria você. Pode me explicar por que você do jeito que é? O que foi que criou você? É por ser do Rio?”, perguntou Diplo.

“Eu acho que é porque eu vim de uma parte do Rio… eu tive uma vida simples, minha família não era uma família com dinheiro. Então eu precisei ser criativa para alcançar as coisas. E também, com essa vibe de festa que o país tem, especialmente o Rio, ter nascido no meio dessa bagunça boa me fez querer criar oportunidades para mim mesma. Tudo o que é necessário fazer para alcançar meu objetivo, eu faço. Quando eu era pobre, não tinha oportunidades ou estrutura para fazer o que eu queria. Então, eu precisava criar minha própria estrutura. É isso que eu penso”, respondeu Anitta.

A cantora ainda foi questionada sobre ter dado mais espaço para o funk no Brasil e ter levado o estilo para o mundo. “No começo, as classes altas [no país]eram super contra o funk. Se você gostasse de funk, era considerado uma aberração – quase que uma pessoa má. As rádios e as baladas da cidade não tocavam o ritmo”, disse ela.

“Sabe, eu precisei passar por muitas situações ruins para quebrar esse preconceito: pessoas que subestimavam meu talento, ou minha inteligência, enfim … Só por causa do ritmo. Isso costumava a fazer eu me sentir tão mal. Eu pensava, ‘Cara, preciso fazer algo para mudar isso’. Então eu comecei a me esforçar, estudar e a me colocar em outras classes para entender a cultura do outro lado do país, o que eu [nunca tinha feito]porque não tinha dinheiro. Eu acho que foi assim que eu deu início a essa conversa”.

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