5 verdades que você precisa saber antes de deixar o emprego formal pra viver de música
Apresentações com ingressos esgotados e músicas bombando nas paradas de sucesso. Reconhecimento de público e crítica, shows em vários lugares – incluindo a gringolândia – e colaborações com artistas tops.
Quando pensamos em cada um dos rolês citados acima, imaginamos uma carreira confortável a ponto de ser nossa fonte de renda, não é mesmo?
Se você tem o ideal de viver de música, saiba que está no post certo! Por aqui, vamos conversar sobre algumas coisas que precisam estar bem claras antes de transformar o que pode ser um hobby em profissão.
1. Tenha um propósito
A visão romântica de “viver de arte” precisa ser aposentada. Lembre-se que não é só glamour da mídia, bajulação dos fãs e grana na conta. Ter a música como profissão envolve muito mais que fazer o seu som e ser pago por isso.
Música é propósito, é ideologia, é filosofia e é alma. Quando o rolê é encarado dessa forma, o pensamento tende a intencionar em provocar impacto nas pessoas para algo maior. O artista não tem a obrigação de bancar o “bom samaritano”, mas precisa ter a intenção de acrescentar algo à vida das pessoas que vão consumir o seu trabalho.
Lembre-se que uma música gravada e lançada é para sempre, ou seja, não existe uma borracha cósmica que pode apagar um trabalho que não foi feito com dedicação e capricho. Por isso, descubra com quem sua arte quer falar, compreenda aonde quer chegar e cuide bem do que vai lançar.
2. Avalie seus rendimentos
Segundo a galera do site Discmidia, “a sua renda total” é o principal indicador de análise que mostra se chegou a hora de deixar o emprego e viver de música”. Parece óbvio, mas é bem comum o artista se esquecer de avaliar os rendimentos.
Se a grana arrecada com os shows é igual ou maior do que o salário que você ganha na iniciativa privada, então você pode considerar abrir mão do emprego formal. Caso contrário, espere mais um pouco, pois o risco de ter que rever a sua decisão tende a ser imenso.
E antes de quebrar seu vínculo com a empresa, construa uma reserva financeira para emergências. Além de não oferecer garantias, a rotina de um músico é cheia de altos e baixos.
3. Busque fontes de receita recorrente
Para construir uma receita recorrente, você vai precisar ter fontes de receita variadas que nem sempre estão relacionadas à sua carreira autoral. Imagine ter a meta de fechar o mês com R$ 3.500, mas, entre shows e venda de produtos, você consegue R$ 1.750. Como a conta não fecha, é preciso ter outras fontes para complementar os rendimentos.
E é aí que entra em cena a identificação de habilidades que são lucro em potencial dentro do seu mercado. Com um bom networking, você consegue defender um bom dinheiro dando aulas ou consultorias. Também é possível trabalhar com produção musical, além de criar trilhas para cinema e publicidade. O mercado da música é amplo! Conheça suas habilidades, e então saberá como transforma-las em fonte de receita recorrentes.
4. Tenha visão empreendedora
A geração que nasceu um pouco antes do boom da internet, viveu o final da “era das grandes gravadoras” e acompanhou a transição para o mercado atual. Com esse acesso livre de arquivos digitais, o mercado destruiu a fórmula básica de se ganhar dinheiro com música. A famosa quadra “tenha talento, grave um disco, arranje um empresário e faça sucesso”, não existe mais.
Esqueça a ideia de descansar nas costas dos benefícios que os gigantes da indústria fonográfica podem proporcionar. O mercado é uma “metamorfose ambulante” e o artista tem a obrigação de se adequar às mudanças – caso contrário, a carreira morre naquela “velha opinião formada sobre tudo”.
Um músico que empreende a carreira, consegue ver oportunidades que “quase ninguém vê”. Isso resulta num plano de negócios cercado de metas a curto, médio e longo prazo, bem como gera mecanismos para prever todos os tipos de cenários que possam causar algum tipo de impacto na sua atividade. Com esse fundamento em mãos, fica mais fácil atingir um patamar de crescimento que seja sustentável, isto é, que não dependa de terceiros.
5. Nunca é só música
“Larguei meu emprego, agora sou músico e vivo da minha arte”. Se há chances de que esse tipo de pensamento tome conta de sua mente, é melhor você rever seus conceitos. Saiba que o rolê não é apenas tocar, compor, ensaiar, gravar e cair na estrada.
A menos que tenha um contrato com algum empresário, a administração da carreira ficará toda em suas mãos. O marketing, o trabalho de social media e o plano de negócios, por exemplo, são apenas algumas de suas atribuições. Sendo assim, tenha em mente a possibilidade de organizar e distribuir essas tarefas entre os integrantes de sua banda.
Pelo menos no começo, para tocar essas atividades essenciais, você terá que investir muitas e muitas horas de trabalho. Se a jornada de 8h/dia na empresa te cansa, saiba que na carreira musical a ralação também é intensa. Certamente, boa parte do trabalho não te trará prazer. Porém, trabalhe com o foco! Lembre-se que no final das contas, tudo é em benefício de um bem maior.
P.S.:
Já que este nosso papo envolve profissionalismo, nós temos mais material para te ajudar! Dá uma conferida nas matérias da seção “Dicas de Carreira” e não vai se arrepender!
Ah, e não se esqueça de compartilhar este post aí nos seus canais de comunicação! A ideia é fazer com que a galera tenha consciência do tamanho do desafio que é largar o emprego para viver de música 🎶
5 verdades que você precisa saber antes de deixar o emprego formal pra viver de música
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