Nos 30 anos de sua morte, relembre 10 grandes momentos de Raul Seixas
Nome maior do rock brasileiro morreu em 21 de agosto de 1989 aos 44 anos
– Nos 30 anos de sua morte, relembre 10 grandes momentos de Raul Seixas
“Ouro De Tolo” – 1973
Raul Seixas não era nenhum garoto novato quando lançou seu primeiro disco solo em 1973. Ele já havia lançado um LP com seu grupo Raulzito E os Panteras, em 1968, e também um trabalho coletivo (“Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10”) em 1971. Ele também foi produtor na CBS e compôs canções para artistas tidos como “brega” (como “Ainda Queima A Esperança” gravada por Diana).
Ainda assim, era difícil imaginar que aquele ex-executivo de gravadora iria revolucionar a música brasileira e gravar um dos grandes discos de nossa música.
Mas foi exatamente isso que aconteceu com “Krig-Há Bandolo“, um álbum cheio de faixas antológicas como “Metamorfose Ambulante“, “Al Capone” e “Ouro De Tolo“.
“Gita“ – 1974
A mística “Gita” foi o primeiro grande sucesso popular de Raul com sua letra misteriosa e arranjo grandioso. A faixa saiu do disco homônimo, que também tem “Medo da Chuva“, “O Trem das Sete” e “Sociedade Alternativa“.
“Sociedade Alternativa” – 1974
Espécie de carta de intenções de Seixas e seu parceiro Paulo Coelho, a música cita o mago ocultista Aleister Crowley e é bem representativa do clima da época, marcado por anseios de liberdade e interesse no esoterismo.
“Tente Outra Vez” – 1975
Apesar de não ter feito o mesmo sucesso que os dois discos anteriores, e também do posterior, “Novo Aeon” de 1975, é, para muitos fãs e jornalistas, o seu grande álbum. O próprio Raul o tinha em grande conta. O álbum certamente traz a parceria Raul-Paulo Coelho em grande fase, então surpreende que muitas de suas faixas tenham sido descobertas nos anos seguintes, o caso de “A Maçã“, “Tu és o Mdc da Minha Vida” e, claro, “Tente Outra Vez“, que se tornou um verdadeiro hino de inspiração, daqueles capazes de superar toda e qualquer barreira e atingir com intensidade pessoas das mais diversas.
“Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás“ – 1976
“Há 10 Mil Anos Atrás”, é provavelmente o menos celebrado dos quatro discos que formam a chamada “fase imperial” de Raul Seixas, também porque seria difícil manter o mesmo nível dos três anteriores, todos considerados fundamentais na história da música brasileira. Mas isso não significa que o álbum não tenha vários atrativos, “Canto para Minha Morte“, “Meu Amigo Pedro” e “Eu Também Vou Reclamar” são antológicas. A quase faixa titulo fez muito sucesso e segue como uma das canções mais conhecidas do artista.
“Maluco Beleza“ – 1976
Depois de lançar quatro discos de material original na Phillips/Polygram (e mais dois discos com covers de rock dos anos 50), Raul foi para a WEA, onde lançou três álbuns. Desses, o mais conhecido é o primeiro, “O Dia em Que a Terra Parou”, de 1977, que trazia uma das canções símbolo do cantor, a antológica “Maluco Beleza“.
“Rock Das Aranhas“ – 1980
Essa música, que certamente soa pra lá de politicamente incorreta para os novos ouvidos e também teve sua execução proibida na época, é um dos destaques do bom disco que Raul gravou em 1980 pela CBS. Esse é um trabalho que merece ser mais conhecido também por trazer outros grandes momentos, como “Aluga-se“, “Anos 80” e “Só Pra Variar“
“Carimbador Maluco” – 1983
A última década de Raul seixas foi complicada. Dependente de álcool, com fama de causador de problemas e fazendo poucos shows, é incrível que ainda assim ele tenha conseguido gravar seis discos de estúdio no período (incluindo o trabalho feito em parceria com Marcelo Nova). Discos estes que foram lançados por cinco gravadoras diferentes e tiveram graus variados de sucesso.
Os três álbuns dele lançados na primeira metade da década têm excelentes momentos, mas a canção que marcou esse período – e também o fez renascer comercialmente – foi “Carimbador Maluco“, gravada para o especial infantil da Globo “Plunct, Plact, Zuuum” que foi ao ar em junho de 1983.
Apesar de sua estrutura de canção para crianças, a faixa tem uma letra bem complexa e quase subversiva. Isso porque ela adapta as ideias do pensador anarquista Proudhon (“Ser governado significa ser observado, inspecionado, espionado, dirigido, legislado…” de “A Ideia Geral da Revolução) para o ambiente lúdico da canção (e do programa televisivo).
“Cowboy Fora Da Lei” – 1987
Os álbuns finais de Raul Seixas são irregulares, obras feitas por um artista já extremamente debilitado. Ainda assim todos eles têm momentos de brilho. O cantor teve seu último grande sucesso comercial com esse bem-humorado country rock que o levou de volta às rádios e TVs de todo o país em 1987.
“Pastor João E A Igreja Invisivel” – 1989
Essa divertida faixa foi um dos destaques de “A Panela do Diabo”, o derradeiro disco de Raul, que foi gravado em parceria com o conterrâneo Marcelo Nova depois de uma bem sucedida turnê nacional. O disco chegou às lojas dois dias antes da morte do artista.
Saiba mais sobre Raul Seixas lendo o especial que o Vagalume fez sobre ele em 2009.
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