César Oliveira e Rogério Melo
O Roubo da Gaita Velha César Oliveira e Rogério Melo Perdi minha gaita velha, nunca mais eu pude achar
Por isso faço um apelo a quem minha gaita encontrar
Por isso faço um apelo a quem minha gaita encontrar
Devolvam minha gaita velha, me façam este favor
Vivo das minhas ideias na função de cantador
Vivo das minhas ideias na função de cantador
Para que fiquem sabendo do jeito da gaita velha
Tinha o som de abelha mestra trabalhando nas colmeias
Tinha o som de abelha mestra trabalhando nas colmeias
Tinha dezenove teclas e oito baixos de botão
E um torniquete do lado pra diminuir o assoprão
E um torniquete do lado pra diminuir o assoprão
Chorava numa vaneira como só ela chorava
Se a moça fosse solteira, por Deus que me namorava
Se a moça fosse solteira, por Deus que me namorava
Quando eu puxava ela toda, media o meio da sala
Mostrando furos de rombo, alguns buracos de bala
Mostrando furos de rombo, alguns buracos de bala
A tecla da gaita velha nem precisava polir
Sentia cheiro de rancho já começava a se abrir
Sentia cheiro de rancho já começava a se abrir
Certa vez fui num comércio, lá na cancha do Seu Téia
Me entreteram nas carreiras pra roubar minha gaita velha
Me entreteram nas carreiras pra roubar minha gaita velha
Por isso vivo tocando com esta gaita emprestada
Lembrando da gaita velha que há muito me foi roubada
Lembrando da gaita velha que há muito me foi roubada
E agora venho cantar pra esta distinta platéia
Pedir, se acaso encontrar, devolvam a minha gaita velha
Pedir, se acaso encontrar, devolvam a minha gaita velha
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