Rogério

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Renato Fechine

Olá gente, meu nome é Sirlei

Eu sou artista da terra

E estou aqui para mostrar pra vocês um pouco do meu trabalho

E contar um pouco da minha história

Meu sofrimento começou muito cedo

Quando aos 8 anos de idade

A morte veio e pei levou papai

Eu era muito apegada a papai

Sofri bastante com sua morte

E mal me recuperei da morte de papai

A morte veio então e pei levou mamãe

Por ser uma criança diferente das outras

Ninguém quis me criar

Fui então levado por umas tias

Até uma casa de assistência ao menor

Casa de uns fran-fran-franceses

Denominada creche Bom Manguá

E lá após amargurar 8 meses de angústia e sofrimento

Enfim, encontrei o paraíso

Rogério

Um rapaz alto, loiro, forte, 1,90 metro, membrudo

Lembrava até o papai

E desde esse dia, minha vida mudou

Rogério passou a ser meu amante, escravo e mulher

Mas a morte não estava satisfeita

Num dia de sexta-feira

Na volta do ensaio do H quedo no centro histórico

A morte veio e pei levou Rogério

Como se não bastasse amargurar a dor da perda

Tive que suportar a dor da traição

Porque quem estava do seu lado na hora do acidente não era eu

E sim uma goga de 1,90 metro, dos pernão

Com quem Rogério era casado a 2 meses e tinha um filho de 6

Óh Rogério, porque me fizeste sofrer?

Decidi em diante resolvi virar compositor

E compus uma música, disprimindo toda a minha revolta em reversão a Rogério

Eu queria que vocês me ajudassem dando uma vaia quando eu citasse o nome do falecido

É mais ou menos assim

Rogério, Rogério, Rogério

Rogério, Rogério, Rogério

Rogério, você me desvirginou meu amor

Rogério, Rogério, Rogério

Rogério, Rogério, Rogério

Rogério, você pra mim nunca prestou

É comigo maestro!

E hoje, você é defunto, está de pé junto

Lá nó cemitério

E eu, aqui tão sozinha sem teu carinho nesse mistério

Você disse-me um dia

Que eu era toda, todinha sua

E agora, você está morto

Eu vivo nesse fogo, sou puta de rua

Ah Rogério que decepção

Rogério, Rogério, Rogério

Rogério, Rogério, Rogério

Rogério, ah Rogério, você me desvirginou meu amor

Rogério, Rogério, Rogério

Agora só eu assim óh

Rogério, Rogério, Rogério, Rogério, Rogério

Ah Rogério

Você pra mim nunca prestou

Agora eu quero ouvir meu vocal

Meu vocal, meu vocal, vai

Hoje, você é defunto, está de pé junto

Lá nó cemitério

E eu

Aqui tão sozinha sem teu carinho nesse mistério

Você disse-me um dia

Que eu era toda, todinha sua

E agora, você está morto

Eu vivo nesse fogo, sou puta de rua

Ah meu Deus Rogério

Porque me fizeste sofrer? Ingrato!

Rogério, Rogério, Rogério

Uh

Ah Rogério, você me desvirginou meu amor

Vamos lá gogo!

Rogério, Rogério, Rogério

Uh

Agora com raiva

Rogério, Rogério, Rogério, Rogério, Rogério

Uh

Ah Rogério, você pra mim nunca prestou

Ah eu arrasei

(Engasguei com minha saliva)

Fico bege de raiva!


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