Manhã
Carlos do Carmo
Manhã
Que em ti encerra
Este mar que não se altera
Este vento na galera
Que teima em ti
Pousar
Madrugada
De repente
Sou pássaro, sou gente
Tão distante e nunca ausente
E teimo em ti
Pousar
Mulheres
Minha alvorada
Tu és o vento que tarda
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
A mentira
De um abraço
Teu leito é o meu regaço
E eu quero assim
Ficar
Barco que torna ao porto
No teu corpo
Eu me aporto
Aí fico e me recordo
E teimo em ti
Pousar
Neblina
Despertada
Tão leve quanto a espada
Que se bate por tudo e nada
E teima em ti
Pousar
Mulheres
Minha alvorada
Tu és o vento que tarda
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
A mentira
De um abraço
Meu leito é o teu regaço
Eu quero assim
Ficar
Na verdade de um poema
A mentira
De um abraço
Meu leito é o teu regaço
Eu quero assim
Ficar
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