Nos 30 anos da morte de Kurt Cobain, entenda o Nirvana, e seu líder, por suas músicas essenciais
Músico deixou obra relativamente pequena e um legado gigante
– Nos 30 anos da morte de Kurt Cobain, entenda o Nirvana, e seu líder, por suas músicas essenciais
Chega a surpreender como tudo aconteceu tão rápido. Entre o lançamento de “Love Buzz“, o primeiro single lançado por uma gravadora independente de Seattle e o tiro fatal passaram-se pouco mais de cinco anos – tempo que muitos artistas atualmente demoram para lançar um álbum.
Nesse tempo, eles gravaram três discos de estúdio e mais um punhado de canções e covers lançadas em coletâneas ou compactos. Uma obra relativamente pequena, mas de grande valor artístico
Abaixo selecionamos seis canções, duas de cada trabalho, que mostram a força que a banda tinha. Elas ajudam a contar a história do Nirvana e de seu vocalista, guitarrista e principal compositor.
“Blew” e “About A Girl“
Lançado em junho de 1989, “Bleach” foi um dos primeiros lançamentos da nova cena de Seattle que acabou batizada como grunge. O álbum é bem mais pesado do que os lançamentos imediatamente posteriores da banda, com algumas faixas mostrando uma banda ainda em busca de sua identidade final. Em meio a canções de menor força, várias ali presentes também apontavam para um futuro promissor. Especialmente essas duas:
“Blew”, a faixa de abertura tinha um riff que imediatamente colava na cabeça e já trazia o embrião da fórmula “alto-quieto-alto” que os Pixies já vinham aperfeiçoando desde 1987. Graças à sua força, a música raramente ficou de fora dos shows da banda.
Única balada do disco, “About A Girl” era a música que mostrava que Cobain também carregava uma enorme sensibilidade dentro de si, revelando seu gosto pelos Beatles e pela música pop. Segunda música mais tocada por eles em shows, “About A Girl” se tornou um hit póstumo, em sua versão gravada para o “Unplugged MTV”.
“Smells Like Teen Spirit” e “Lithium“
Acatando uma sugestão do Sonic Youth, que tinha acabado de assinar com a gravadora, a poderosa Geffen Records contratou o trio de Seattle sem esperar muito retorno. É justo dizer que nem em sonho a banda esperava viver os eventos que se sucederam, até porque, até ali, todas as bandas que vieram do underground para uma gravadora grande não venderam, na melhor das hipóteses, mais do que algumas centenas de milhares de cópias de seus discos.
“Nevermind”, lançado em setembro de 1991, foi uma hecatombe e ainda hoje é difícil entender como tudo aconteceu. Obviamente tratava-se de um bom produto do ponto de vista mercadológico. O disco tinha músicas com potencial para fazer sucesso nos programas mais alternativos da MTV, momentos acústicos e outros de pura raiva punk, mostrando que a entrada de mais dinheiro em caixa não significava uma mudança de valores. Em resumo: um LP que agradava os velhos fãs e críticos e tinha potencial para chegar a um público mais numeroso que hoje é visto como um dos grandes discos da história do rock.
“Smells Like Teen Spirit” é daquelas músicas que muita gente ainda consegue se lembrar da primeira vez que ouviu e de como ela impactou. Cobain dizia que não imaginava que ela seria um grande sucesso, muito menos um dos tais “hinos de uma geração”, e que ela começou apenas como uma imitação do som dos Pixies. Mas algo em sua simplicidade e urgência acabou atingindo milhões de pessoas.
De repente o Nirvana era uma grande unanimidade. A banda era adorada por críticos, músicos, inclusive os de gerações anteriores, fãs de rock alternativo, que nesse momento se torna uma grande força dentro da indústria, e finalmente o grande público.
“Nevermind” é um disco de uma outra era, quando os álbuns geralmente iam galgando posições na paradas até chegarem ao seu auge – hoje em dia, o normal é a estreia no topo e uma queda, brusca ou não, nas semanas seguintes.
Quatro meses depois de lançado, “Nevermind” chegou ao topo da parada americana, desbancando “Dangerous”, de Michael Jackson, em um evento que foi tratado como o de mudança de guarda na cena musical.
Além de “Smells…” o disco emplacou outros sucessos, “Come As You Are“, “In Bloom” e “Lithium“. Das três, a terceira talvez seja a música que melhor sintetize o talento musical de Cobain e o turbilhão de emoções que ele trazia dentro de si.
“Heart Shaped Box” e “All Apologies“
“In Utero”, derradeiro álbum de Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic, é uma resposta direta ao sucesso de “Nevermind”. Um disco abrasivo, raivoso, cru e com quase zero polimento. Ainda assim, o álbum vendeu muito bem e também foi amplamente elogiado, mesmo que sem repetir o fenômeno de seu antecessor, até porque isso seria impossível.
Apesar da busca por uma música mais anticomercial, Cobain entregou também canções mais palatáveis para o público. “Heart Shaped Box“, ouvida no Brasil em primeira mão, nove meses antes de seu lançamento em disco, era a maior delas e, sem surpresa, foi escolhida como primeiro single e (único) clipe.
A melancólica “All Apologies“, foi a última do música do, infelizmente, último disco da banda e mostrava Cobain no auge da fragilidade emocional (“Eu queria ser como você/Facilmente entretido).
Kurt cometeu suicídio pouco mais de seis meses do disco ter sido lançado em setembro de 1993. No dia primeiro de novembro daquele ano, o Nirvana gravou sua participação no MTV Unplugged, em uma época em que o programa não virava automaticamente um disco.
Com a morte do líder da banda, o lançamento do programa em CD, e posteriormente em vídeo, era além de óbvia, necessária, afinal além de mostrar o grupo longe de seu ambiente natural – nada de guitarras altas, gritos e destruição de equipamento – o Acústico revelava talvez a real personalidade de Kurt Cobain.
Começando pela decisão de tratar a gravação como um show, sem emendas ou músicas tocadas repetidamente. O repertório também fugia do óbvio, apenas “Come As You Are” podia ser chamado de hit, com muitas músicas menos óbvias e um punhado de covers, incluindo três dos obscuros, e seminais, Meat Puppets, os convidados especiais da noite – isso quando esperava-se a presença de algum grande astro do rock.
A versão de “All Apologies” gravada nesta performance acabou se tornando a definitiva e a de maior sucesso comercial.
Nos 30 anos da morte de Kurt Cobain, entenda o Nirvana, e seu líder, por suas músicas essenciais.
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