Marcelo Yuka morre aos 53 anos. Ouça os discos mais importantes do fundador d’O Rappa
Músico estava em coma induzido desde dezembro
– Marcelo Yuka morre aos 53 anos. Ouça os discos mais importantes do fundador d’O Rappa
O músico Marcelo Yuka morreu na noite desta sexta-feira (18) aos 53 anos. O artista estava internado no Hospital Quinta D’or no Rio de Janeiro, desde dezembro em coma induzido e apresentou um quadro de infecção generalizada decorrente do sofrimento de um AVC – o segundo que ele teve recentemente.
Yuka, que ficou conhecido por ter sido o baterista e principal compositor d’O Rappa em seu período de maior sucesso e criatividade, estava com a saúde bastante debilitada. O músico, que ficou paraplégico em 2000 depois de ter levado nove tiros quando tentou impedir um assalto a uma mulher, já havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral em agosto do ano passado.
Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa’Ana nasceu em 1965 e ajudou a fundar o Rappa em 1993. A banda teve uma origem inusitada, já que foi ela formada às pressas para acompanhar o músico Papa Winnie em uma série de shows. Como a química entre eles se mostrou forte, Yuka (bateria), Marcelo Lobato,(teclados) Xandão (guitarra) e Nelson Meirelles (baixo, pouco depois substituído por Lauro Farias) foram atrás de um vocalista e seguiram em frente.
Com a chegada de Marcelo Falcão a banda, batizada de O Rappa começou a chamar a atenção com sua mistura de reggae, hip hop e rock e letras de forte teor social e politizado.
O álbum de estreia, “O Rappa“, de 1994, não estourou nacionalmente, mas chamou a atenção da imprensa e rendeu canções que se tornariam importantes na história da banda e do rock brasileiro daquela década como “Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro” ou a versão para “Candidato Caô Caô” de Bezerra da Silva.
O sucesso chegou mesmo com “Rappa Mundi” de 1996. Deste trabalho saíram os hits “A Feira“, “Miséria S.A” e, especialmente “Pescador de Ilusões“.
O disco que colocou o grupo de vez na história da música brasileira foi o seguinte. “Lado B, Lado A” de 1999 dosava experimentalismo com apelo pop e captou o clima do momento, com toda a ansiedade causada pela próxima chegada de um novo milênio.
Eleito um dos 100 grandes discos da nossa música pela edição brasileira da Rolling Stone, o álbum marcou e gerou dois hits eternos: “Me Deixa” e “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)“, que ganhou um clipe igualmente fundamental, que abriu caminho para o filme “Cidade de Deus” – o vídeo foi dirigido por Katia Lund, e foi por causa dele que o cineasta Fernando Meirelles a convidou para co-dirigir o longa que alcançou sucesso global.
Os tiros que paralisaram Yuka também abalaram a banda. Ele seguiu com o grupo, trocando de posição com Lobato, que foi para a bateria, enquanto ele assumiu os teclados. Mas, pouco tempo depois, uma série de desentendimentos com os demais integrantes fizeram com que Yuka deixasse o grupo. A banda seguiu fazendo shows e gravando de forma mais esporádica – foram três álbuns de estúdio entre 2003 e 2013. No ano passado eles entraram em “hiato por tempo indeterminado”.
Marcelo montou o F.Ur.T.O, que lançou um disco em 2005, e se dedicou cada vez mais ao ativismo social. Sua vida inspirou um documenário (“No Caminho das Setas”, 2011, disponível no YouTube)e a biografia “Marcelo Yuka – Não Se Preocupe Comigo” escrita junto com o jornalista Bruno Levinson de 2014.
Yuka era filiado ao PSOL e concorreu à vice-prefeitura do Rio de Janeiro em 2001 ao lado de Marcelo Freixo. Seu único disco solo, “Canções Para Depois do Ódio“, que contou com diversas participações especiais, saiu em 2017.
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