Veja dez boas surpresas do lineup do Primavera Sound
Festival chega em novembro à São Paulo
– Veja dez boas surpresas do lineup do Primavera Sound
Muito cultuado entre os fãs de indie rock, a dupla formada por Victoria Legrand e Alex Scally buscou inspiração no dreampop, ou shoegaze se preferirem, noventista criando álbuns recheados de canções oníricas e climáticas. Eles acabaram de lançar seu oitavo, e muito elogiado, trabalho de estúdio, o ambicioso disco duplo “Once Twice Melody”.
Obviamente a grande voz da nossa música não precisa de apresentações, mas, nesse caso, é preciso salientar que o Primavera não verá um simples show da artista, mas sim um espetáculo especial onde ela irá reviver o show que virou o álbum “FA-TAL”, uma das maiores unanimidades da história da música brasileira que celebrou seu cinquentenário no ano passado.
Mitsuki Laycock, ou simplesmente Mitski é aquele tipo de artista que anda cada vez mais raro. A cantora consegue agradar uma ampla e variada camada de públicos: críticos, jovens, adultos que ainda buscam se inteirar nas novidades musicais e até os pré-adolescentes. Lavcock já lançou seis álbuns com suas boas composições de espírito indie e se torna mais popular a cada trabalho. “Laurel Hell”, deste ano, chegou ao top 10 tanto dos EUA quanto do Reino Unido.
Escondidinha no cartaz está esta banda que consegue ser experimental e acessível simultaneamente com sua música instigante e misteriosa. O trio é formado por Geoff Barrow, do Portishead – banda que há décadas os brasileiros esperam ver ao vivo – e está na ativa desde o final da década passada.
O Beak> é certamente mais ativo que a banda principal de Barrow. Basta dizer que eles já lançaram quatro álbuns, incluindo uma trilha sonora, entre 2009 e 2018. Já o Portishead, que fará uma rara apresentação nesta segunda-feira (2) em Londres, só gravou três, o mais recente deles em 2008.
Um dos melhores cantores e compositores surgidos neste século, Josh Tillman também é um ótimo showman – quem viu seus concertos no Rio e São Paulo há quatro anos não se esquece. O americano acabou de lançar seu quarto álbum que já se candidata como um dos melhores de 2022. “Chloë and the Next 20th Century”, é um disco orquestrado com influências que vão do jazz dos anos 40 ao pop californiano da década de 60.
Bridgers é uma espécie de líder informal de uma excelente geração de cantoras e compositoras especializadas em canções de caráter intimista que têm a guitarra como instrumento primordial. Seus dois álbuns já podem ser vistos como clássicos desta década e, tudo indica, que o terceiro, quando sair, também fará companhia a eles.
Phoebe estava escalada para cantar no Lollapalooza deste ano, mas cancelou a vinda poucos dias antes do evento. Pelo que parece, a proposta do Primavera se mostrou melhor para ela tanto do ponto de vista artístico quanto financeiro.
Natural da Venezuela, Arca nasceu Alejandro Ghersi e, desde 2018, se define como uma pessoa não-binária passando a usar o nome Alejandra e os pronomes femininos. A produtora, cantora e compositora é dos nomes de ponta da vanguarda da música eletrônica e uma das colaboradoras favoritas de Björk.
Criadora de uma música de difícil classificação, e muito original, Arca também é bastante prolífica. Basta dizer que ela lançou quatro álbuns em quatro dias sucessivos no final do ano passado. As partes II, III, II e IIIII do projeto “Kick” – o volume I é de 2020.
Aos 85 anos, o alagoano é um patrimônio vivo da música mundial e vê-lo se apresentando em um festival deste porte é uma alegria imensa. Ver Hermeto ao vivo é presenciar a música em seu estado mais vibrante e puro, dada a sua capacidade de abraçar gêneros dos mais diversos e seu poder incrível de comunicação.
Dono de uma discografia imensa e variada, Hermeto é imprevisível e fascinante capaz de tirar música de praticamente tudo o que estiver em sua frente, seja um piano, uma chaleira ou um porco de brinquedo, e de compor, com a mesma maestria, uma peça jazzística intricada ou um baião de fazer o povo tirar poeira do chão.
Criação da descendente do coreanos Michelle Zauner, o Japanese Breakfast também está entre os nomes que conseguem o raro equilíbrio entre sucesso comercial, prestígio crítico e apelo com públicos de várias faixas etárias e gostos musicais. “Jubilee” foi um dos álbuns que mais presença marcaram em listas de melhores álbuns de 2021, graças às suas ótimas composições e o talento nato de Zauner para criar grandes melodias e envolvê-as em arranjos sempre interessantes.
Amaro Freitas
Cada vez mais o novo jazz está conquistando novos espaços na cena pop musical planetária e ver músicos do gênero em festivais dedicados ao pop e rock está se tornando algo cada vez mais comum. Nascido em Recife, Freitas é um pianista que sabe dosar virtuosismo e inventividade e também fazer uma música que se mostra acessível. Não a toa ele é visto como um dos grandes nomes da cena jazzística mundial.
“Sankofa”, do ano passado, elogiado tanto em revistas mais voltadas ao rock como na bíblia Downbeat mostra um artista no auge de sua criatividade e que promete seguir supreendendo no futuro.
Veja dez boas surpresas do lineup do Primavera Sound.
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