Veja cinco fatos interessantes da carreira de Elton John que ficaram de fora de “Rocketman”
Vida do cantor teve vários outros momentos que poderiam estar no filme
– Veja cinco fatos interessantes da carreira de Elton John que ficaram de fora de “Rocketman”
1 – O ritmo frenético de gravações no início da carreira
Elton John gravou de forma intensa,e em níveis inimagináveis, para os padrões de hoje no início de carreira, em um surto de criatividade raramente visto. Para se ter uma ideia, em sua chamada “fase imperial” (1969-1976), ele lançou nada menos que 11 álbuns de estúdio, sendo dois deles duplos, além de uma trilha sonora e dois discos ao vivo, alguns singles de material original e mais um punhado de lados B de compacto. O filme deixa claro que o cantor tinha um ritmo de vida frenético, mas poderia ter mostrado que ele também compunha e gravava de maneira raramente vista, também por pressão contratual, e mantinha um padrão alto de qualidade nesse momento.
Uma atenção a essa faceta dele também serviria para mostrar a importância de sua banda para o resultado final das gravações, tanto que ainda hoje ele toca com o guitarrista Davey Johnstone e o baterista Nigel Olsson (o baixista Dee Murray que completava a formação clássica da “Elton John Band”, morreu em 1992).
2 – A amizade com John Lennon
Primeiro vale deixar claro que Elton não escolheu o “John” de seu nome artístico por influência do Beatle como aparece no filme. O futuro astro estava pensando em Long John Baldry, o cantor de blues que deu a ele sua primeira grande chance profissional ao contratá-lo como tecladista do Bluesology. Mas Elton e Lennon foram amigos e trabalharam juntos. Comecemos com “Whatever Gets You Through The Night” de 1974, faixa de Lennon conta com a participação de Elton nos teclados e vocais que se tornou o primeiro número 1 dele nos EUA depois do final dos Beatles.
Elton disse para o amigo que aquela faixa iria chegar ao topo da parada, mas Lennon não botou muita fé. O pianista então resolveu apostar e disse que se caso isso acontecesse ele deveria fazer uma participação especial em um de seus shows.
A promessa foi cumprida em novembro daquele ano no Madison Square Garden, em um evento que teria outras implicações. Do lado bom, foi ali, nos bastidores que Lennon se reconciliou com Yoko Ono, infelizmente, aquela também foi a última vez que ele foi visto em um palco, já que Lennon abandonou a sua carreira pelos anos seguintes e foi
assassinado em 1980, exatamente quando tinha acabado de voltar a gravar.
Elton também regravou, com sucesso “Lucy In The Sky With Diamonds dos Beatles, em um single que trazia no lado b uma regravação de “One Day (At A Time)“, uma faixa menos conhecida de John Lennon.
3 – A cirurgia que mudou a sua voz
Os anos 80 tiveram momentos de drama na vida do astro. Além de ter agravado seus problemas com vícios de todos os tipos – ele só ficou sóbrio em 1989 – a época ainda chegou com o medo da AIDS, e Elton diz que só não se contaminou por pura sorte.
O cantor também enfrentou problemas com as suas cordas vocais que começaram a dar sinais de fadiga e lhe causarem dores. Em 1987 Elton foi operado em uma cirurgia delicada, mas que correu sem maiores complicações, a não ser pelo fato dela ter mudado o alcance vocal dele, deixando-o com uma voz mais grave. Assim o tenor que encantou multidões nos anos 70 deu lugar ao barítono que conhecemos atualmente.
4 – A paixão pelo futebol
Elton John pode não ser visto em estádios que nem Mick Jagger ou Rod Stewart, mas também é um grande fã de futebol. A paixão foi tanta que ele acabou comprando o Watford FC em 1976 quando o time amargava a quarta divisão. O cantor, e agora cartola, chegou com a missão de levar o time à primeira divisão, meta que foi atingida na temporada de 1981/1982. O cantor deixou o clube em 1987, mas retornou para mais uma temporada entre 1997 e 2002 e hoje tem o titulo de presidente honorário do clube.
5 – A amizade com a realeza britânica e o single mais vendido de todos os tempos desde os anos 50
Ao contrário de artistas mais críticos ao regime, Elton nunca teve problemas em se relacionar com a realeza britânica. Sua amizade com vários de seus membros sempre foi conhecida, em especial a que ele tinha com a Princesa Diana.
Quando ela morreu tragicamente em 1997, Elton pediu para seu parceiro Bernie Taupin reescrever a letra de “Candle In The Wind” de 1974 para ser regravada em tributo a ela. Elton cantou essa versão da música uma única vez, no funeral de Lady Di, e logo depois ela foi lançada em single, com toda a sua renda revertida para as obras de caridade da Princesa
O compacto se tornou o mais vendido de todos os tempos desde a criação das paradas em 1950 – 33 milhões de cópias estimadas – perdendo apenas para a gravação de “White Christmas de 1942 (que teria sido comprada por 50 milhões pessoas). Em 1998 ele foi condecorado pela Rainha e tornou-se “Sir Elton John”.
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